Ao abrir um negócio é fundamental que tenhamos o capital para o seu investimento. Para isso, muitas pessoas recorrem aos empréstimos concedidos pelas instituições bancárias para o pleno desenvolvimento da empresa. Contudo, existem inúmeras regras para que esses créditos sejam liberados e é essencial que o administrador tome alguns cuidados a fim de conseguir cumprir com as suas obrigações junto ao banco.
Levando em consideração essas informações, este artigo se propõe a oferecer algumas dicas a quem está começando um novo empreendimento e necessita recorrer à concessão de crédito para conquistar os seus objetivos. Confira a seguir.
Por que pedir um empréstimo para abrir um negócio próprio?
Independentemente do porte da organização, é necessário que o proprietário detenha um capital de giro que garantirá o pleno funcionamento do negócio até que ele comece a dar retorno financeiro. Então, o empréstimo funciona como uma ótima alternativa que ajudará a otimizar os resultados do empreendimento. Esses valores disponibilizados pelas instituições financeiras poderão ajudar a:
- Quitar possíveis dívidas;
- Investir em capacitação dos colaboradores;
- Adquirir o maquinário necessário;
- Automatizar processos;
- Executar ideias e solidificá-las.
Quando começamos um empreendimento com dinheiro no caixa, as limitações de cunho econômico podem ser superadas, criando inúmeras possibilidades de inovação. Isso é crucial para gerar estabilidade nos primeiros meses de funcionamento da empresa, já que o capital de giro suprirá as demandas iniciais até que os lucros comecem a surgir.
O que saber antes de fazer um empréstimo?
Embora as vantagens de se fazer um empréstimo sejam inúmeras, é crucial que o investidor tome uma série de cuidados, visando ao cumprimento das suas obrigações, junto ao banco, e ao sucesso do seu negócio em longo prazo. Veja abaixo, o que devemos saber antes de solicitar crédito para abrir uma empresa.
1. Entenda suas necessidades financeiras
Antes de qualquer decisão, é preciso avaliar a sua realidade financeira, verificando em que fase seu empreendimento se encontra. Portanto, elaborar um planejamento financeiro, levando em consideração o que é necessário para investir nesse exato momento, fará parte desse processo de análise.
Outro ponto fundamental é calcular a entrada de capital nos primeiros meses de funcionamento, a fim de não contrair mais dívidas. O estudo de mercado, nesse aspecto, constitui-se parte importante da avaliação. Além disso, é preciso saber se o valor da parcela do empréstimo se enquadra na realidade financeira do seu empreendimento.
2. Conheça as formas de crédito
Hoje, é possível ter acesso a diversas formas de crédito, cada um com suas taxas, juros e valores. Para que seja escolhido o ideal para você, é preciso levar em consideração as necessidades do seu negócio, pois, cada um deles possui vantagens e desvantagens.
Dessa forma, antes de solicitar crédito para a abertura do seu negócio, esteja a par das possibilidades, fazendo pesquisas nas instituições bancárias, escolhendo a modalidade mais atrativa. É importante salientar que quanto melhor for seu histórico de relacionamento com o banco, maior será a possibilidade de concessão de empréstimo.
3. Desenvolva um plano de negócio
Para que uma instituição libere um crédito para um administrador, é essencial que ela acredite na ideia do negócio.
Ou seja, é preciso que os bancos estejam convencidos que o seu empreendimento é viável, do ponto de vista financeiro. Nesse caso, a elaboração de um plano de negócio estruturado poderá cumprir esse requisito.
Assim, apresente de maneira objetiva e organizada os resultados esperados para o seu empreendimento, além dos planos que visem ao seu crescimento. Mostre também de que forma será possível quitar as parcelas, entre outras informações.
O plano de negócio se mostra fundamental, inclusive, para que você consiga antever as ameaças e oportunidades às quais a sua empresa estará sujeita, melhorando a tomada de decisão e, consequentemente, potencializando os lucros.
Quais são as opções de concessão de crédito para abrir empresa?
Agora que sabemos a importância do empréstimo e o que é necessário saber antes de solicitá-lo, falaremos sobre algumas das opções de concessão de crédito disponíveis para quem deseja abrir uma empresa. Confira a seguir.
1. Empréstimo Pessoal
Esse tipo de empréstimo consiste em solicitar uma quantia a determinada instituição financeira, que precisará ser paga com acréscimo de juros, dentro de um prazo predeterminado. É também conhecido como crédito pessoal e é a modalidade ideal para quem precisa de crédito sem precisar justificar a sua utilidade.
2. Crédito para capital de giro
O crédito para capital de giro, como o próprio nome sugere, é ideal para os novos empreendedores que não possuem capital para desenvolver a sua empresa, ou seja, para “tirá-la do papel”. Sabemos que leva um tempo até que o investimento retorne em forma de lucros, portanto, esse crédito se faz fundamental até a empresa se estabilizar.
Para ter acesso a esse crédito, não é necessário apresentar a sua finalidade, bastando solicitá-lo em uma instituição financeira, onde serão ofertadas algumas opções de pagamento, podendo ser efetuada de maneira bimestral, semestral ou integral ou quando findo o contrato.
3. Microfinanças
O microfinanciamento é um tipo de empréstimo para pessoas físicas ou empreendedores que desejam iniciar ou expandir um negócio. O modelo é voltado tanto para empreendedores formais – quanto para empreendedores informais que não têm fácil acesso a empréstimos ou crédito tradicionais.
Por meio do microfinanciamento, cada empreendedor pode arrecadar até R$ 20 mil. As vantagens dessa operação incluem juros mais baixos, isenção de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e facilidade de aprovação.
Os empreendedores também podem empregar o Microfinanciamento Produtivo (MPO) para Pequenas Empresas (EPP) e Microempreendedores Individuais (MEI) com renda anual de até R$ 200 mil. Nesse caso, os agentes financeiros orientam os empreendedores sobre o uso consciente do dinheiro, com foco na expansão dos negócios e na saúde financeira.
4. Financiamento coletivo
Muito famosa na internet, a “vaquinha” como é popularmente conhecida, refere-se a doações realizadas por plataformas específicas, em que você publicará a sua ideia e estipulará uma meta de arrecadação, durante um determinado período. Desse modo, os doadores poderão receber, em troca, brindes ou outros bônus.
No entanto, para que o público se convença da relevância e necessidade do empreendimento, é preciso garantir uma boa apresentação da proposta. Para tanto, você pode se valer da produção de vídeos, apostando em uma comunicação direta, clara e criativa. Além disso, as redes sociais podem ser aliadas no processo de divulgação e engajamento da sua ideia.
5. Investidores-anjo
Os investidores-anjo é uma solução implantada pela Lei Complementar 155/2016, que os coloca em posição similar a de sócio. Nesse sentido, eles podem investir com valores entre 50 a 600 mil reais e terão direito a, no máximo, 50% dos lucros do empreendimento — empresas de pequeno porte e microempresa — , pelo período de cinco anos.
Para optar por esse tipo de crédito, é necessário enviar a sua ideia para o site “Anjos do Brasil”, e, com ela, um plano de negócio elaborado de maneira criteriosa — contendo, por exemplo, previsão de lucros e estudo de mercado —, já que não basta apenas ter um projeto original para garantir um investidor.
Por fim…
A solicitação de crédito junto às instituições financeiras pode ser uma ótima alternativa para as pessoas que desejam abrir o próprio negócio, mas não possuem o capital suficiente para o seu desenvolvimento. No entanto, é preciso fazer uma análise minuciosa das propostas, considerando sua capacidade financeira. Além disso, por existirem diversas opções no mercado, é preciso também verificar qual a que melhor supre as necessidades do seu negócio.
Então, o empréstimo é algo a se considerar, visto que, um novo empreendimento necessita de estrutura financeira suficiente capaz de atender às demandas relacionadas às atividades-fim e outras despesas, que o fará funcionar de modo estável e com menos risco possível.
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