Investimentos para empresas é importante para a valorização do dinheiro do negócio. Isso significa que, ao invés dos valores de capital de giro e reversas estarem estagnados na conta corrente, eles podem estar rendendo por meio de aplicações em ativos financeiros.
Para que isso ocorra, é interessante o empreendedor conhecer melhor investimentos que façam mais sentido para o seu negócio. Por mais que investir pareça algo distante da nossa realidade, essa prática é algo mais próximo do que acreditamos.
Se você deseja saber mais sobre como investir sendo pessoa jurídica, acompanhe o nosso conteúdo!
Ao analisar possíveis investimentos para pessoas física e jurídica, é perceptível que para a PJ a compra de ativos é restrita. Além disso, há algumas especificidades e diferenças nas regras de alguns produtos financeiros.
O ideal é buscar investimentos de baixo risco e liquidez diária. Por isso, o mais recomendado aos empreendedores são os investimentos de renda fixa.
O que é um investimento em renda fixa?
Um investimento em renda fixa é aquele que periodicamente rende uma quantia de acordo com uma taxa fixa. Em outras palavras, esse tipo de investimento apresenta uma rentabilidade previsível e não possui alta volatilidade como outras variedades de investimentos (como ações, por exemplo).
Quais são os tipos de investimento em renda fixa?
Em renda fixa, os investimentos mais conhecidos e recomendados para pessoa jurídica são:
- Certificado de Depósito Bancário – CDB;
- Fundo de Investimentos;
- Letras de Crédito Imobiliário – LCI;
- Letras de Crédito do Agronegócio – LCA.
Em resumo, o CDB é um investimento baseado em uma taxa de operações interbancárias, ou seja, entre bancos. Essa é uma das maiores vantagens desse investimento, ele pode ser vinculado à taxa básica de juros, o CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
Vale ressaltar também que a segurança do investimento do CDB é alta, já que ele conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).
Ao falar sobre investimentos e rendimentos, ouvimos a expressão “render 100% do CDI”, o que é entendido como algo necessário para se conseguir lucro com a renda fixa. Por isso, ao escolher um ativo de renda para investir, procure saber qual a taxa de juros que o ativo de renda fixa está relacionado.
Já os fundos de investimentos reúnem vários investidores, também chamados de cotistas, com o objetivo de investir em um setor em comum. Existem tipos de fundos como renda fixa, imobiliários, multimercado e ações, entre outros.
Com esse investimento, é cobrado o IOF (Imposto sobre operações financeiras). Essa cobrança começa em 96% quando ocorre o primeiro dia do investimento e cai para 0% trinta dias após a operação. Dependendo do fundo, também acontece a cobrança do IR, imposto de renda (alíquota de 22,5% a 15%).
Há, também, as LCIs e LCAs que, assim como CDB, a remuneração desses investimentos pode ser vinculada a um índice ou prefixada. Por exemplo, uma LCI pode estar vinculada ao IPCA (índice de preços ao consumidor amplo).
O IPCA é um índice utilizado para observarmos a tendência da inflação. Assim, caso aconteça a compra de um ativo LCI, o investidor pode garantir um ganho real de poder de compra. Tanto LCI quanto LCA contam com a proteção do FGC.
No caso de pessoa física, há a isenção do IR. Por outro lado, para pessoas jurídicas, isso não acontece. Esses ativos são tributados da mesma maneira que um CDB, ou seja, dependendo do tempo de aplicação.
E também é possível que empresas participem da Bolsa de Valores comprando ações, mas é válido ressaltar que a rentabilidade variável envolve riscos, tanto moderados quanto altos.
Nesse caso, então, é importante lembrar que os investimentos em ações para PJ são recomendáveis a longo prazo. Isso significa que a empresa não vai precisar resgatar o dinheiro nos próximos cinco anos, pelo menos.
Por fim, investir em renda variável ou fixa varia de acordo com a sua necessidade de liquidez. Por isso, recomendamos diversificar a carteira de investimentos, para que ela seja ajustada de acordo com as variáveis que fazem sentido para o seu negócio, como a previsão de contas para o próximo mês e a liquidez de todos os investimentos.
Uma forma também de investir no seu negócio é deixando as burocracias da sua empresa com especialistas, para que você obtenha tempo para se preocupar com o crescimento do negócio.
Como os investimentos podem colaborar para a empresa?
Como já mencionamos, um dos principais benefícios sobre investimentos para empresas é fazer render o valor que a empresa possui de capital de giro ou reserva para emergência e/ou oportunidade.
Inclusive, dependendo do ativo investido, esse rendimento é algo que pode ser diário ou mensal. Por isso, ao investir, é importante analisar o objetivo da empresa e do aporte, para definir qual a liquidez esperada.
Segurança, rentabilidade e liquidez
Quando falamos sobre ativos de investimentos, três pontos chaves (chamados também de “tríade” dos investimentos) são importantes de entender: a segurança, a rentabilidade e a liquidez. Podemos simplificar e dizer que:
- Rentabilidade é o percentual de remuneração (Ex.: 100% do CDI);
- Liquidez é o tempo de retorno (Ex.: diário ou mensal) e a
- Segurança está relacionada com o risco (Ex.: volatilidade).
Por exemplo, se você aplicar R$ 100,00 no CDB, o rendimento pode ser 100% do CDI, com uma liquidez diária caso opte por ele. Esse ativo apresenta, também,um baixo risco.
Isso porque o CDB é um investimento de renda fixa, ou seja, uma modalidade caracterizada por sua alta segurança, rentabilidade previsível e liquidez determinada por um tempo. É importante ressaltar, também, que essa renda tem um retorno menor que os ativos de renda variável.
Como é o caso das ações, com elas, é necessário correr mais riscos para conseguir um retorno maior, em outras palavras, se expor a volatilidade.
Por fim, é válido ressaltar que o saque de renda fixa é algo fácil de ser feito. Caso você aporte valores altos e de forma constante, é possível solicitar o saque e ter o retorno imediato ou um dia útil após a solicitação do pedido.
Como investir sendo PJ?
O primeiro passo é procurar uma corretora ou banco para realizar o investimento. Hoje em dia, é possível abrir contas em corretoras para pessoas jurídicas. Além disso, é necessário apresentar documentações exigidas pela instituição e isso pode acontecer de forma totalmente online, por meio de aplicativos, por exemplo.
O segundo passo seria realizar os aportes mensalmente para a PJ, assim, com o tempo e quanto mais aportes realizar, maiores são os rendimentos. Isso acontece devido a um efeito de juros compostos. De forma simplificada, quanto mais e por mais tempo é realizado o investimento, maior é o retorno no momento da retirada.
Até porque, economizar utilizando a poupança não é algo que pode oferecer tanta rentabilidade como os ativos de renda fixa. E, também, as aplicações realizadas precisam visar um objetivo do negócio (sejam eles de curto, médio ou longo prazo).
Além disso, o importante também é diversificar, ou seja, procurar investir em mais de um ativo de renda fixa e até mesmo renda variável (ações), obtendo uma carteira de investimentos diversificada.
Investimentos para empresas: declaração de IR
Quando o assunto é investimentos, precisamos nos atentar e declarar o Imposto de Renda (IR). Isso porque tanto a pessoa física quanto a jurídica precisam fazer a declaração para a Receita Federal.
No caso das pessoas jurídicas, é o IRPJ (Imposto de Renda para Pessoas Jurídicas). É válido ressaltar que a declaração de IRPJ dos ativos, varia de acordo com o regime tributário (como Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real) que a empresa estiver enquadrada.
Mas se tratando de investimentos, e principalmente renda fixa, é importante salientar que o imposto incide sobre o lucro obtido e não sobre os valores aportados. Então, caso você invista R$ 200,00, é preciso declarar o retorno obtido.
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