Caso você possua um negócio, certamente já ouviu falar no livro-caixa. Trata-se de um documento que auxilia o setor contábil a acompanhar os fluxos financeiros, como entradas e saídas de caixa, além de facilitar a escrituração contábil — registro dos processos administrativos da empresa.
Seja mantida no papel ou por meio de uma ferramenta online, o fato é que esse procedimento é fundamental para controlar tudo o que acontece com o capital do seu empreendimento. Assim, fica mais fácil garantir a saúde financeira e, consequentemente, o sucesso do negócio. Continue acompanhando o conteúdo a seguir e aprenda mais sobre o assunto!
Qual a utilidade de um livro-caixa?
Conforme mencionado acima, o livro-caixa serve para contabilizar as entradas e saídas financeiras do seu negócio. Nesse sentido, é indispensável que o setor contábil tenha armazenado todas as informações sobre pagamentos de conta de água, energia, telefonia e gastos com fornecedores e colaboradores.
Além disso, vale destacar a necessidade de guardar os comprovantes de qualquer transação financeira, a fim de facilitar a manutenção do livro. Todo esse controle pode parecer trabalhoso, mas é crucial para evitar problemas de DRE (Demonstração de Resultados), por exemplo, ou complicações na hora de fazer o balanço patrimonial da instituição.
Qual a importância de ter um livro-caixa?
Agora que você tem uma noção geral sobre o objetivo desse documento, vamos detalhar sua importância para qualquer negócio. Veja mais abaixo.
Fazer o controle de pagamentos e recebimentos
Como você viu nos tópicos anteriores, ter um registro físico ou virtual de tudo o que entra e sai dos cofres da empresa é essencial para manter sua saúde financeira. Além disso, ao ter um controle das finanças, fica mais fácil descobrir quais setores do negócio precisam economizar recursos, por exemplo.
Uma organização opera sob inúmeros processos corporativos que são difíceis de acompanhar sem a devida organização e, alguns deles, podem não trazer tantos benefícios como esperado.
Acompanhar o balanço mensal
Depois de registrar toda a movimentação financeira da empresa, você poderá fazer o balanço mensal com mais clareza. Como as informações de rendimentos brutos e gastos estão descritas no documento, é possível identificar o desempenho do negócio em um determinado mês e, caso necessário, tomar medidas preventivas.
Facilitar a comunicação com órgãos competentes
Outra função importante do livro-caixa é que sua existência agiliza o processo de prestar contas à Receita Federal. Sem esse documento, você terá que buscar todas as informações contábeis da sua empresa ao longo de um ano manualmente. Mas, ao ter esse registro, todos os dados estarão reunidos em um só lugar, evitando quaisquer problemas fiscais.
Quais empresas devem manter um livro-caixa?
No geral, qualquer tipo de negócio deve manter um livro caixa sempre atualizado. Porém, essa medida costuma ser facultativa para alguns negócios e obrigatória para outros. Segundo a Lei 9.317/96, todas as empresas optantes do Simples Nacional são obrigadas a ter esse registro, seguindo as normas estabelecidas pela legislação.
Como é a estrutura e o preenchimento de um livro- caixa?
Depois de entender mais a fundo a importância e a função de um livro-caixa, chegou a hora de você saber como preenchê-lo corretamente. Mas, antes vamos falar sobre a estrutura do documento; alguns dados precisam ter uma coluna inteiramente dedicada. São eles:
- data do registro: representa a data dos recebimentos;
- histórico: apresenta as informações do fluxo financeiro em si. Indique se a transação consiste em uma entrada ou saída;
- entradas e saídas: é necessário criar colunas separadas para os diferentes valores. Tudo o que entra deve estar agrupado em uma coluna e tudo o sai deve estar em outra;
- saldo atual: informa o saldo atual da conta em questão — saldo anterior + crédito – débito;
- anotações: espaço reservado para eventuais anotações extraordinárias.
Depois disso, você deve realizar a escrituração do documento. Esse processo costuma ser dividido em três etapas, que podem ser conferidas a seguir.
- Termo de abertura: deve conter informações sobre a finalidade do documento, dados essenciais do negócio — endereço, CNPJ e outros. Também é necessário indicar o número de folhas, a data e, por fim, a assinatura;
- Folhas de escrituração: deve indicar os registros de entrada e saída de capital. O recomendado é preencher essas informações em ordem cronológica;
- Termo de encerramento: trata-se da última página. Nesse espaço, deve-se repetir as informações da página inicial, bem como a assinatura do responsável.
Feita a estruturação do livro-caixa corretamente, preenchê-lo é a parte mais fácil. Existem apenas duas recomendações para tornar o documento ainda mais organizado. Uma delas é incluir as informações em ordem cronológica, a fim de facilitar a localização de dados específicos futuramente.
A outra dica é registrar todas as movimentações financeiras, por mais banais que sejam. Manter esses dados armazenados te dará uma noção mais realista sobre a situação do seu negócio. Para não errar, crie o hábito — e eduque sua equipe contábil — de anotar qualquer transação somente após o recebimento ou saída. Assim, evita-se eventuais erros gerados por falta de atenção.
Qual a diferença entre livro-caixa e fluxo de caixa?
Agora que você já sabe como manter um livro caixa, deve estar se perguntando se esse documento está relacionado ao fluxo de caixa. Muitos empreendedores ainda confundem essas duas particularidades do setor contábil, que são coisas completamente diferentes.
Como deixamos claro, o livro-caixa é um documento físico que reúne os recebimentos e pagamentos feitos pela empresa em um determinado período. Já o fluxo de caixa consiste em todas as transações financeiras, além das entradas e saídas, como investimentos, financiamentos, atividades operacionais, entre outros. Sua função é conferir uma visão geral do negócio, ou mesmo proporcionar previsões futuras.
Manter um livro-caixa é extremamente importante para o êxito de qualquer negócio, bem como sua saúde financeira. Além disso, vale reforçar que apenas as empresas sob o regime Simples Nacional são obrigadas a manter esse documento atualizado, mas a recomendação fica para todas as instituições.
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