Saber como abrir um e-commerce com a contabilidade em dia é um passo importante para o sucesso do negócio. Afinal, uma loja virtual é como qualquer outra empresa, que precisa se regularizar, pagar tributos, declarar rendimentos e emitir notas fiscais.
A contabilidade é responsável por tudo isso, e precisa ser estruturada desde que o e-commerce dá seus primeiros passos. Porém, por ser um tipo de negócio relativamente novo e ainda em ascensão, existem muitas dúvidas quanto à formalização, ao regime tributário, à incidência de impostos, entre outras questões relacionadas à área contábil.
Então, vamos esclarecer alguns pontos importantes sobre como abrir um e-commerce sem problemas com a contabilidade. Confira agora o que é essencial saber sobre isso:
1. Saiba como abrir um e-commerce regularizado
O primeiro passo para deixar a contabilidade em dia é abrir a empresa corretamente. Isso deve ser feito sob a orientação de um contador, que ajudará a regularizar o negócio nos órgãos federais, estaduais e municipais.
Elaborar o contrato social, registrar na junta comercial, abrir um CNPJ, emitir um alvará e obter a autorização para emitir notas fiscais ― tudo isso faz parte do passo a passo para abrir uma empresa, inclusive um e-commerce. E é isso também que dá autorização para que ele opere dentro da lei.
Não pense que por ser um negócio virtual ele não precise ser regularizado, já que ele tem movimentações financeiras que o governo também precisa taxar e monitorar.
2. Defina o enquadramento tributário mais adequado
Saber como abrir um e-commerce com o melhor enquadramento tributário também é uma questão importante, embora ele possa mudar com a evolução do negócio.
Basicamente, a maioria dos e-commerces se encaixam no Simples Nacional. Esse regime simplifica a arrecadação e reduz o peso dos tributos, cujo percentual varia conforme a média de faturamento. O Simples abrange empresas com faturamento de até R$ 4,8 milhões ao ano.
As lojas que estão iniciando ou têm faturamento mais baixo podem ainda optar por abrir uma empresa como MEI. O teto de faturamento do Microempreendedor Individual é de R$ 81 mil ao ano. Nesse caso, o recolhimento de tributos é simplificado em apenas uma taxa fixa mensal. Além disso, o MEI pode ter no máximo 1 empregado e não é obrigado a emitir notas fiscais.
Para empresas que têm um faturamento maior, também há a opção de enquadramento no Lucro Real ou Lucro Presumido.
3. Entenda a tributação para e-commerce
A tributação que incide sobre negócios virtuais é muito parecida com a das empresas físicas. Para saber quais são os tributos, é preciso diferenciar os tipos de empresas:
- E-commerce atacadista ou varejista (que vendem produtos e mercadorias);
- E-commerce prestador de serviços (que vendem serviços ou apenas fazem intermediação, como os marketplaces).
Essa diferenciação define quais impostos e alíquotas incidem sobre cada empresa. O ICMS, por exemplo, incide somente sobre o e-commerce atacadista ou varejista, já que tributa a movimentação de produtos em geral. Já o ISS tributa as vendas de serviços e é recolhido pelo município onde a empresa está localizada.
Sobre o ICMS, existe uma diferença em relação aos negócios físicos. A partir de janeiro de 2019, exceto para empresa do Simples Nacional, esse imposto passa a ser cobrado inteiramente no estado de origem do comprador, não da empresa. Isso significa que as alíquotas podem ser diferentes a cada venda, já que o ICMS varia em cada estado.
Além desses impostos sobre a comercialização de produtos e serviços, também existem os tributos trabalhistas: INSS e FGTS. Então, eles também devem entrar nas suas contas.
4. Mantenha os registros e indicadores atualizados
Para manter a contabilidade em dia, também é importante registrar todas as movimentações financeiras e de patrimônio da empresa. Isso envolve, principalmente, os registros diários do fluxo de caixa e a análise dos índices de lucratividade e rentabilidade.
Isso é essencial para prestar informações corretas à Receita no momento de enviar as declarações. Mas também é importante sob o ponto de vista gerencial: se você tiver seus registros de movimentações organizados e atualizados, terá uma visão mais precisa sobre a sua situação financeira e poderá fazer um planejamento melhor orientado.
5. Faça um planejamento tributário
O Brasil tem uma das mais altas taxas de impostos corporativos do mundo. Esse é um dos motivos de falência de muitas empresas nos seus primeiros anos de existência, além da inibição do crescimento da economia do país.
O que isso significa para o seu negócio? Com um planejamento tributário, você consegue identificar como abrir um e-commerce com a carga tributária mais vantajosa, além de se precaver de surpresas na cobrança dos impostos. Isso é importante para a sua sobrevivência e competitividade no mercado.
Enfim, como as compras virtuais estão cada vez mais acessíveis, o modelo de e-commerce só tende a crescer. Por isso, é importante estar informado sobre como abrir um e-commerce cumprindo as obrigações legais e fiscais. Assim, você pode começar a vender online ou expandir seus negócios na internet com mais segurança.
Para gerenciar um e-commerce, também é interessante contar com um sistema simples e prático de contabilidade. Ninguém quer perder tempo com as burocracias da rotina contábil, certo?
Então, conheça agora o sistema de contabilidade online da Contabilivre, que vai ajudar você a gerenciar as suas obrigações em uma só plataforma.
